sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O Stand-up de D. Pedro I

Bom, ninguém pode me criticar por resolver fazer um stand-up numa hora dessas, aqui às margens do Ipiranga: sou português, minha mãe tinha bigode e só fiquei eu no Brasil depois que todo mundo se escafedeu. Piada pronta, né? (risos dos Dragões da Independência) Pois então. Como estou com uma baita diarreia, acabei de gritar “Incontinência ou sorte” – se eu quiser chegar em São Paulo com as calças limpas, claro – mas já percebo que meu relator de viagem aqui anotou uma frase ligeiramente diferente. (risos dos Dragões da Independência) Enfim, prefiro que esse 7 de setembro no futuro possa cair sempre numa quinta ou numa terça, pra poderem enforcar o feriado e eu roubar o show daquele dentistinha mineiro que acha que forca é com ele. (risos dos Dragões da Independência). Aliás, em termos de cenário, vocês repararam no singelo caipira aqui do lado, o do carro de boi, que não para de olhar para nós? Pois é, quando acabar isso
 tudo aqui, dêem voz de prisão ao sujeito, confisquem o carro dele e passem para mim, que meu traseiro não vai aguentar chegar a Santos numa sela. (risos dos Dragões da Independência) E lembrei agora: minha mulher, a imperatriz Leopoldina, está pensando em montar uma escola de samba com o nome dela e acho que vocês, Dragões da Independência, podiam participar com essas fantasias andróginas, esvoaçantes, cheias de penachos, adereços e penduricalhos. (Nenhum, absolutamente nenhum riso dos Dragões da Independência). Ah, agora ninguém acha graça? Mas todo mundo vive morrendo de rir do estilo do meu bigode, né? Pois saibam que é por causa dele que as pessoas reconhecem que eu sou filho da minha mãe, e... Opa, cheguem para lá, vão chegando para lá! (...)